"Posso invadir-te?"
A pergunta chega a mim como uma leve brisa... Dou por mim rodeado por ti, sem te ter deixado entrar...
Lamento, já não te é permitido estar aqui. Já te deixei entrar e não o voltarei a fazer. Houve dias em que pensei que sem ti seria impossivel respirar, existir até. Agora quero que me deixes seguir o que eu chamo de Meu Caminho, se nele nos voltarmos a cruzar não terei receio em me aproximar de ti, mas agora não...
Não te consigo explicar o que me faz trancar esta porta, mas espero que percebas que não podes irromper por mim a dentro cada vez que te lembras que eu existo. Eu não existo para te servir ou sequer para te agradar... Existo como sou e não peço desculpa por isso!!
"Queres que saia?"
Não!
Quero expulsar-te de vez, para voltar a ter as minhas noites como minhas.
Percebe isto de uma vez por todas e deixa-me dormir... Tens de perceber algo: existe uma linha ténue entre incomodares-me e chateares-me...
Estas a atingir a segunda...
Olho á volta, e tu já não estás aqui...
Vou descansar, para amanha voltar a caminhar...